Os espetros podem dividir-se em espetros contínuos ou espetros de riscas (descontínuos).
Qualquer corpo a elevada temperatura (incandescente) origina um espetro contínuo (espetro de emissão contínuo) com a emissão de um conjunto ininterrupto de radiações monocromáticas.
As radiações que fazem parte dos espetros dependem da temperatura do corpo, por isso se chama espetro térmico, logo, o conjunto das cores varia consoante a temperatura. Quanto maior for a temperatura mais energéticas serão as radiações emitidas.
Espectros térmicos das estrelas
A luz emitida por cada estrela dá informação acerca da temperatura da sua camada exterior, devido à análise do espetro emitido.
O espetro de uma estrela é um espetro misto. É um espetro contínuo com riscas dos elementos existentes na sua atmosfera. Estes espectros chamam-se espetros de Fraunhofer, que foi quem primeiro os identificou (Figura 1).
![Figura 1 - Riscas de Fraunhofer. Figura 1 - Riscas de Fraunhofer.](/images/luz/riscasdefraunhofer.jpg)
As radiações originadas no interior da estrela, em conjunto com as alterações produzidas nas partículas na fotosfera, originam um espetro contínuo. Os átomos e iões existentes na atmosfera da estrela (cromosfera) absorvem algumas destas radiações, provocando o aparecimento das riscas no espetro final.
As riscas permitem identificar quais as partículas (átomos, iões...) existentes nessa estrela.
A intensidade das riscas está relacionada com a maior ou menor presença de um determinado elemento (ou partícula). A presença de determinadas partículas permite relacionar com a temperatura da estrela.