Desde há séculos que o termo oxidação é associado ao aparecimento de óxidos, como o óxido de ferro, envolvendo reações com ganho de átomos de oxigénio, e a redução associada a reações com perda de oxigénio por parte de algumas substâncias, como a redução do óxido de cobre.

Oxidação do ferro:

$$\text{4 Fe (s) + 3 O}_{2}\text{ (g)}\rightarrow\text{2 Fe}_{2}\text{O}_{3}\text{ (s)}$$

Redução do óxido de cobre:

$$\text{CuO (s) + H}_{2}\text{ (g)}\rightarrow\text{Cu (s) + H}_{2}\text{O (g)}$$

Com a evolução dos estudos, verificou-se que esta noção de oxidação e de redução era demasiado restritiva e redefiniram-se os conceitos de oxidação e de redução, permitindo explicar reações de oxidação e de redução sem o envolvimento de átomos de oxigénio.

Para que aconteça uma oxidação é necessário que ao mesmo tempo aconteça uma redução.

Oxidação

Uma oxidação acontece quando uma espécie química perde um ou mais eletrões, ou perde influência sobre um ou mais dos seus eletrões.

A espécie que perde eletrões oxida-se (é oxidada), e é uma espécie redutora, porque vai permitir a redução de uma outra espécie química.

Na oxidação do cobre (\(\text{Cu}\)):

$$\text{Cu (s)}\rightarrow\text{Cu}^{2+}\text{ (aq) + 2 e}^{-}$$

um átomo de cobre, no estado sólido, perde dois eletrões, formando-se um ião, no estado aquoso, com carga +2.

Redução

Uma redução acontece quando uma espécie química ganha um ou mais eletrões, ou ganha influência sobre um ou mais eletrões de outra espécie.

A espécie que capta eletrões reduz-se (é reduzida), e é uma espécie oxidante, permitindo a oxidação de outra espécie.

Na redução da prata (\(\text{Ag}\)):

$${Ag}^{+}\text{ (aq) + e}^{-}\rightarrow\text{Ag (s)}$$

um ião de prata, com carga +1, no estado aquoso, ganha um eletrão, formando-se prata no estado sólido.