A diferença entre o valor de eletronegatividade de dois átomos ligados entre si define a polaridade dessa ligação.

Ligação apolar

Se dois átomos do mesmo elemento químico estabelecem uma ligação há entre eles uma diferença de eletronegatividade nula, ou seja, nenhum deles apresenta maior capacidade de atrair para si a nuvem eletrónica global dos dois átomos pelo que a ligação (ou molécula em causa) será apolar: se a diferença de eletronegatividade entre dois átomos de uma ligação for igual a zero essa ligação é covalente pura.

Exemplo: Moléculas com ligação covalente pura: \(\text{O}_{2}\), \(\text{H}_{2}\), \(\text{Cl}_{2}\).

 

Ligação polar

Quando dois átomos de elementos químicos diferentes estabelecem uma ligação há uma diferença de eletronegatividade. O átomo mais eletronegativo irá deslocar a nuvem eletrónica total para si pelo que irá gerar uma maior densidade de carga negativa junto de si, ocorrendo no outro átomo o fenómeno contrário. Esta ligação será polar.

Quanto maior for a diferença de eletronegatividade entre dois átomos ligados maior será a polaridade dessa ligação. Quando a diferença entre os valores de eletronegatividade desses átomos for superior a 2,0 considera-se que essa ligação passa a ser de carácter iónico, e não covalente.

Exemplo: Para a ligação entre um átomo de sódio, \(\text{Na}\), e um átomo de cloro, \(\text{Cl}\), a diferença de eletronegatividade é igual a 3,16 - 0,93 = 2,23 > 2,0, pelo que esta ligação é de carácter iónico.

 

Bibliografia
D. Reger, S. Goode, E. Mercer, "Química: Princípios e Aplicações", Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.
R. Chang, "Química", McGraw-Hill, 5ª edição.