Este tipo de radiação foi descoberto em 1900 por Paul Ulrich Villard, físico e químico francês, no decurso de estudos envolvendo o elemento químico rádio.

As radiações \(\gamma\) (gama) são produzidas pelas estrelas e por átomos radioativos, que libertam este tipo de radiação bastante energética, de muito alta frequência. São, por isso, capazes de produzir alterações nucleares, bastantes prejudiciais aos tecidos vivos, destruindo-os.

O comprimento de ondas destas radiações é inferior a 6 × 10-12 m (frequências superioes a 5 × 1019 Hz).

A emissão deste tipo de radiação pode ser provocada por um núcleo excitado.

Neste caso não há variação do número atómico (Z) nem do número de massa (A), mas o núcleo diminui a sua energia.

Reação tipo:

$$^{A}_{Z}\text{X}^{∗}\rightarrow\text{ }^{A}_{Z}\text{X}+\gamma$$

Exemplo da emissão de radiação \(\gamma\) por um núcleo excitado de um átomo de estrôncio: \(^{87}_{38}\text{Sr}^{∗}\rightarrow\text{ }^{87}_{38}\text{Sr}+\gamma\)

Este tipo de radiação é usado para radioterapia (Figura 1), para esterilização de materiais e para verificar a qualidade de materiais (gamagrafia).

Figura 1 - Utilização de raios γ para realizar radioterapia.
Figura 1 - Utilização de raios \(\gamma\) para realizar radioterapia.

Espetro eletromagnético

Bibliografia
http://www.ccvalg.pt/astronomia/newsletter/n_1623/n_1623.htm, acedida em 27/09/2019.
M. Alonso, E. J. Finn, "Física", Escolar Editora, Lisboa, 2012.
R. Mackintosh, J. Al-Khalili, B. Jonson, T. Peña, "Núcleo - Uma viagem ao coração da matéria", Porto Editora, Porto, 2003.