Os filósofos gregos pensavam que o Universo (todos os astros conhecidos na altura, a Terra, alguns planetas, a Lua, o Sol e as estrelas visíveis a olho nu) sempre tinha existido tal como o observavam, ou seja, estático e inalterado na sua constituição.
Em de 1922 Friedmann previu, a partir da Teoria da Relatividade Geral de Einstein, que o Universo não deveria ser estático. Dois anos depois Hubble demonstrou a existência de mais do que um galáxia: a nossa Via Láctea e muitas mais outras, muito distantes. No ano de 1929 Hubble observou um desvio para o vermelho (redshift) no espetro das galáxias, indicando que estas estariam a afastar-se da nossa Via Láctea.
A teoria que atualmente é mais aceite, inicialmente desenvolvida por Georges Lemaître, é a que afirma que há cerca de 13,7 mil milhões de anos houve um fenómeno, Big Bang, originando o Universo.
No início, toda a matéria estaria junta num pequeno ponto, muito denso. Após esse momento, houve uma enorme inflação no seu tamanho provocando o afastamento de toda a matéria, facto que ainda se verifica.
A síntese (nucleosíntese primordial) dos elementos químicos mais simples aconteceu nos primeiros 20 minutos após o Big Bang.
A formação das primeiras estrela terá acontecido quando o Universo tinha uma idade de 300 milhões de anos.
O termo "Big Bang" foi usado em 1949 por um opositor à teoria, Fred Hoyle, numa declaração depreciativa mas foi este termo que pasosu a ser usado para descrever esta teoria.
Existem diversas provas que levam a que esta teoria seja largamente aceite:
Expansão do Universo - Verificada pela Lei de Hubble.
Radiação cósmica de fundo - É radiação eletromagnética na zona dos microondas relacionada com a temperatura do Universo. Esta radiação foi descoberta em 1965, acidentalmente, por dois investigadores: Wilson e Penzias. Nas últimas décadas esta radiação tem sido mapeada por missões espaciais (COBE, WMAP e Planck), cada vez com maior detalhe.
Abundância relativa dos elementos químicos mais leves - Há concordância entre os cálculos teóricos efetuados, para a produção de elementos químicos que terão sido criados no início do Universo (os de menor número atómico), e as observações atuais.
Lei de Hubble
Big Bang [© 1 Minuto de Astronomia]
O Big Bang [© Astrosoft]
Bibliografia:
C. Herdeiro, "Um prémio Nobel para a Universalidade da Física", Gazeta de Física, Vol. 42, N.º 4/5, Sociedade Portuguesa de Física, Lisboa.
S. Hawking, "A Teoria de Tudo - A Origem e o Destino do Universo", Gradiva, Lisboa, 2010.